DTP/DTPa
A vacina DTP/DTPa ajuda a proteger contra difteria, tétano e coqueluche. As vacinas DTP/DTPa podem ser fornecidas em vacinas combinadas que também ajudam a proteger contra outras doenças.
Difteria
A difteria afeta pessoas de todas as idades, mas, na maioria das vezes, atinge crianças não imunizadas (12). Houve quedas drásticas no número de pessoas acometidas por difteria em todo o mundo desde a introdução de programas de vacinação generalizada (6,9).
Tétano
Você pode contrair a doença se as bactérias causadoras de tétano (encontradas no solo) entrarem no corpo através de cortes e arranhões, ferimentos abertos ou machucados na pele (incluindo queimaduras) (2,4). Você só pode ser protegido contra o desenvolvimento do tétano se estiver vacinado (1) ou se um tratamento chamado imunoglobulina antitetânica for injetado após uma lesão grave (2).
Coqueluche
A maioria dos casos ocorre em bebês menores de 3 meses de idade, que podem ser infectados por membros da família, principalmente suas mães (3,4).
Vacinas de reforço podem ser oferecidas durante a adolescência, gestação e fase adulta, enquanto a vacinação de membros da família/cuidadores pode ajudar a proteger os recém-nascidos (1). No Brasil, a vacina dTpa é parte da recomendação do programa nacional de imunizações para gestantes a partir da 20ª semana.(7)
O que é Difteria?
A difteria é uma doença infecciosa causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae (1). Ela infecta principalmente a garganta e as vias aéreas superiores, e produz uma toxina que pode causar problemas na garganta e dificuldade para respirar (1). Em casos graves, a toxina pode causar insuficiência cardíaca e danos nervosos (1). Em algumas pessoas, a difteria pode causar infecção da pele com úlceras abertas (2).
Como é transmitida?
A difteria é transmitida facilmente por gotículas de tosse ou espirro de uma pessoa infectada ou ao tocar um objeto contaminado, como um brinquedo (3,4). Raramente, é possível se contaminar ao tocar um ferimento infectado aberto (4).
Quem está em risco?
A difteria afeta pessoas de todas as idades, mas, na maioria das vezes, atinge crianças não imunizadas (12). Embora a difteria seja rara em países desenvolvidos com programas de imunização na infância, casos da doença podem ocorrer em adultos conforme sua imunidade contra a doença diminui (5). Crianças muito jovens (menos de 5 anos de idade) e pessoas com mais de 40 anos têm mais chances de morrer de difteria (em comparação com pessoas de outras idades) (2).
Quais são os sintomas?
O aparecimento de sintomas podem levar até 10 dias, podendo variar dependendo da área afetada (6). Os primeiros sintomas da difteria podem incluir febre baixa, dor de garganta e diminuição do apetite (2,11). À medida que a infecção se espalha, uma camada branca acinzentada pode se formar no nariz e na garganta, dificultando a respiração ou a deglutição (3,6). Isso normalmente ocorre de 2 a 3 dias após o desenvolvimento dos primeiros sintomas (3,6). A maioria das pessoas infectadas tem sintomas leves, que podem ser confundidos com o resfriado comum (2,6). No entanto, é importante que a difteria seja tratada rapidamente, pois pode causar complicações graves e até fatais (7,8).
O que é Tétano?
O tétano é uma infecção bacteriana grave, causada pela bactéria Clostridium tetani (1). As bactérias liberam uma toxina que afeta os tecidos do sistema nervoso, causando contração muscular e espasmo, por exemplo (2). As bactérias são encontradas em todo o ambiente, principalmente no solo, em cinzas, trato intestinal/fezes de animais e seres humanos, e nas superfícies da pele e ferramentas enferrujadas como pregos, agulhas, arame farpado, etc. (3). Sendo muito resistente ao calor e à maioria dos antissépticos, as bactérias podem sobreviver por anos (3).
Como é transmitida?
O tétano não passa diretamente de uma pessoa para outra (2). Você pode contrair a doença se as bactérias causadoras de tétano (encontradas no solo) entrarem no corpo através de cortes e arranhões, ferimentos abertos ou machucados na pele (incluindo queimaduras) (2,4). O tétano também pode ocorrer após infecções dentárias ou de ouvido, queimaduras, cirurgias ou mordidas de animais (2). Globalmente, a maioria dos casos de tétano está associada ao parto em mães insuficientemente vacinadas e seus recém-nascidos (1).
Quem está em risco?
O tétano pode afetar pessoas de qualquer idade (1). Qualquer pessoa pode contrair o tétano, mas a doença é particularmente comum e séria em bebês recém-nascidos e mulheres grávidas que não foram suficientemente imunizadas com vacinas contendo toxoide tetânico (1). Sem o cuidado e o tratamento adequados em hospital, pacientes mais jovens e idosos infectados com tétano podem morrer (1). Você pode contrair o tétano em qualquer lugar do mundo, mas isso é mais comum em regiões densamente povoadas com clima quente e úmido (2).
Quais são os sintomas?
A doença pode aparecer de 3 a 21 dias após a infecção. Um tempo menor de início dos sintomas pode ser associado à doença mais grave (5). Os sintomas do tétano geralmente se desenvolvem no intervalo de 8 dias após a infecção (2). Eles geralmente começam na porção superior do corpo e passam para regiões inferiores, com sintomas comumente incluindo o “travamento” da mandíbula, dificuldade de engolir, convulsões, rigidez da nuca e contratura muscular (2,3). Outros sintomas do tétano podem incluir a elevação da temperatura corporal, aumento da pressão arterial ou frequência cardíaca, sudorese e espasmos musculares (3). Os sintomas de tétano em recém-nascidos também podem incluir choro excessivo e incapacidade de mamar ou se alimentar (1,3).
O que é Coqueluche?
A coqueluche (também conhecida como “tosse comprida” é uma infecção altamente contagiosa dos pulmões e vias aéreas causada pela bactéria Bordetella pertussis (1, 5,6). A coqueluche pode raramente resultar em complicações graves e morte (1,2). Observa-se a ocorrência de pneumonia (uma infecção dos pulmões) em 6% das crianças com coqueluche e até 1% dos bebês de até um ano pode morrer como resultado da infecção (1,2).
Como é transmitida?
A coqueluche é transmitida pela tosse e espirros de uma pessoa infectada e pode se espalhar facilmente dentro das famílias (3,4,8). A maioria dos casos ocorre em bebês menores de 3 meses de idade que podem ser infectados por membros da família, principalmente suas mães (3,4). Adolescentes e adultos também são fontes significativas de transmissão para bebês de até um ano não vacinados (1).
Quem está em risco?
A coqueluche pode afetar pessoas de todas as idades (3). Embora a maioria dos casos de coqueluche clinicamente típica ocorra em crianças com idade entre 1 e 5 anos, a ocorrência de casos graves da doença ou morte, nos países com programas de vacinação bem estabelecidos, limitam-se quase totalmente às primeiras semanas e meses de vida (1). Aproximadamente metade dos bebês com menos de 1 ano acometidos pela coqueluche precisam de cuidados hospitalares (6).
Quais são os sintomas?
A apresentação dos sintomas geralmente varia de 6 a 20 dias após a infecção (1). Os primeiros sintomas de coqueluche são semelhantes aos do resfriado comum e podem incluir coriza, febre baixa e dor de garganta (5). Podem ocorrer crises de tosse súbita característica, especialmente em crianças menores (1). Em crianças muito pequenas, sintomas diferentes de tosse também podem estar presentes, como respiração interrompida ao dormir e pele azulada devido à falta de ar durante a tosse (1,5). Em adolescentes e adultos imunizados anteriormente, a tosse persistente sem o início súbito característico pode ser o único sintoma (1).